Na terceira idade, a depressão atinge a memória e a concentração podendo ser confundida com demência. Por isso os sinais dessas duas doenças podem ser facilmente confundidos em idosos. Saiba como identificar demência ou depressão e veja dicas de lidar com essas patologias.
Conhecendo a demência
A demência é uma doença neuropsiquiátrica, que provoca alterações neurológicas e no comportamento do paciente. O sintoma típico inicial é a perda consistente de memória.
O fato é que a personalidade é bem desenvolvida e a socialização é normal, mas em determinado momento existe uma perda dessa capacidade, que é de difícil reconhecimento por parte dos familiares.
A demência provoca:
- perda progressiva de células cerebrais
- desorientação
- dificuldade de entender
- limitações na expressividade
- perda de memória
- diminuição considerável da qualidade de vida do paciente.
Geralmente, ocorre em idosos e o tipo mais comum é o Mal de Alzheimer.
O diagnóstico é feito com a identificação dos sintomas e exames clínicos realizados por um médico. Quanto mais precoce for o diagnóstico, melhor para diminuir a progressão da doença.
O tratamento consiste em minimizar os sintomas, colocando o cérebro para trabalhar e mantendo o corpo ativo. Não existe cura para a demência, mas a medicação melhora o comportamento e desacelera o processo para aumentar a sobrevida do paciente.
Conhecendo a depressão
Quando uma pessoa fica deprimida, ela esquece o mundo externo: percebe-se diferente, deixa de gostar de coisas que gostava antes, fica mais incomodada e reclama de dores físicas generalizadas, sem apresentar nada nos exames. Se esses sintomas forem intensos e contínuos, podem levar à depressão.
O envelhecimento é um dos fatores de risco para o desenvolvimento da depressão, sendo os sintomas e os tratamentos diferentes na pessoa idosa. Com o tempo, pode desencadear outras doenças — o organismo tem menos proteção, facilitando a entrada de enfermidades.
Para tratá-la, é recomendado o uso combinado de medicamentos e psicoterapia, como participar de atividades sociais, exercitar o corpo, ter um autoconhecimento, aprender coisas novas, exercer o convívio em sociedade, manter a mente em exercício.
Demência ou depressão: como diferenciar na terceira idade?
A ordem de ocorrência dos sintomas ajuda a distinguir depressão de demência. Pessoas com depressão dramatizam as suas dificuldades, apresentam pouca motivação para desempenhar tarefas antes rotineiras, têm perda de memória a longo prazo, e esse quadro clínico é gradual.
Já os idosos portadores de demência apresentam dificuldades em intervalos curtos de tempo e os problemas neurológicos se agravam. Normalmente, há histórico familiar da doença, o início é súbito, imediato e o paciente pouco se queixa de algo.
O diagnóstico diferencial deverá ser realizado por um médico neurologista, geriatra ou psiquiatra, que realiza avaliação neuropsicológica, exame de Tomografia Axial Computorizada ou Ressonância Magnética.
Portanto, não se deve atribuir certos sintomas e dificuldades à terceira idade, como se fossem típicos dessa fase. A perda de funcionalidade é decorrente de doença, e não por envelhecimento.
E mais: uma demência pode começar a se manifestar com um estado depressivo e a depressão também pode provocar dificuldades de memorização.
O ideal é procurar um especialista para analisar o quadro e diagnosticar a demência ou depressão. Quer saber mais sobre os cuidados com uma pessoa com demência? Leia as informações do nosso blog!