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Principais cuidados que se deve ter com quem tem autismo

Autistas. Mesmo que você não perceba, eles estão entre nós. E quando alguém é diagnosticado com tal condição, é muito comum surgirem diversas dúvidas, medos e inseguranças. A família, principalmente, fica um pouco perdida em relação aos cuidados com quem tem autismo. E não é à toa.

O autismo é uma condição permanente, a criança nasce com a doença e torna-se um adulto portador para sempre. Por isso, os pais e familiares devem adotar atitudes diárias para proporcionar qualidade de vida ao autista.

Veja a seguir os principais cuidados que se deve ter na criação de um filho autista.

 

O que é autismo?

Autismo é um transtorno que afeta o sistema nervoso e prejudica a capacidade do portador de se comunicar e interagir.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 2 milhões de brasileiros possuem autismo. Atingindo ambos os sexos e todas as etnias, porém o número de ocorrências é maior entre os homens.

Geralmente, aparece nos três primeiros anos de vida e as causas ainda são desconhecidas. Especula-se que há uma combinação de fatores, incluindo genética e agentes externos, como o ambiente de criação.

Existem diversos sintomas que podem auxiliar o diagnóstico do autismo, e nem sempre a criança apresentará todos eles. Os mais comuns são:

 

Dicas para cuidados com portador de autismo

O autismo é um distúrbio difícil para as crianças e suas famílias. Mas com o tratamento correto, os sintomas podem melhorar e o portador da doença convive bem na sociedade.

Alguns cuidados aliviam o trabalho físico e emocional dos pais, como:

Escolha profissionais para acompanhar o desenvolvimento da criança com autismo e ajudar nas decisões sobre a educação e o tratamento. Mantenha-se atualizado sobre novas opções de terapias e tecnologias.

 

Para uma criança autista, é desafiador não saber o que vai acontecer. Por isso estabelecer uma rotina estável e previsível faz com que ela se sinta mais segura e tranquila.

Use calendários com imagens ou relógios associando desenhos das atividades aos horários em que devem ser realizadas.

 

O desenvolvimento do autista depende muito dos estímulos para a relação interpessoal e outras atividades que envolvem o ambiente ao redor.

 

Crie formas de comunicação para estimular a linguagem mesmo antes de ensiná-lo a ler. Dê orientações visuais, apresentando fotos ou desenhos, combinando imagens e palavras. Ele consegue aprender quando alguém mostra o modo de fazer, em vez de apenas falar.

 

Autistas fazem contato sensorial diferente, por isso os pais devem reparar no nível de sensibilidade da criança para demonstrar amor. Por exemplo, filhos muito sensíveis a toques e abraços podem ser tratados com sorrisos e palavras positivas.

 

Uma pessoa com autismo precisa ter suas habilidades estimuladas por meio de brincadeiras. Use cócegas ou jogos, como quebra-cabeça, cartas coloridas e brinquedos que encaixam para treinar a coordenação motora. Esse trabalho desafia a criança a cumprir tarefas até o fim.

O autista tem dificuldade em aceitar mudanças impostas e a expressar seus sentimentos, podendo reagir com raiva ao ser contrariado ou sentir-se frustrado.

Fique atento aos comportamentos agressivos, pois podem ser formas de comunicação da criança. Repare nas situações em que ocorrem e verifique se realmente não tem nada incomodando-a, como alergias ou dores.

Mas, como toda criança, quanto mais cedo os limites foram trabalhados, mais facilmente serão aprendidos.

 

Algumas crianças autistas podem ter dificuldades para lidar com expressões de trocadilhos e piadas. Discursos longos também são capazes de deixá-las bastante confusas. Ao conversar com elas, seja preciso, literal e direto, evitando frases longas.

Não existe cura para o autismo, mas um programa de tratamento precoce e apropriado melhora muito a vida de portadores e de seus familiares. Procure um especialista ou uma equipe experiente para elaborar um programa personalizado, incluindo terapias, fisioterapia e medicamentos.